Day trip para Sintra
Sintra (reconhecida como patrimônio
mundial pela UNESCO), fica a 30 minutos de Lisboa e devido a sua privilegiada
localização na serra, antes de se tornar refúgio de verão da realeza, foi
habitada primeiro pelos celtas e posteriormente pelos mouros, o que explica as
maravilhosas construções por lá. Sintra é uma cidadezinha encantadora, cheia de
florestas e jardins, conta com muita história e possui ruas agradáveis, com lojas
de artesanato, padarias e restaurantes. Todo esse charme acabou inspirando Eça
de Queiroz, que citou a cidade em um de seus famosos livros, Os Maias.
Em Sintra são muitas as opções
para visitar, e um único dia não foi o suficiente, mas optei por um bate e
volta por se tratar de uma cidade pequena e pela grande proximidade de Lisboa,
mas realmente indico a quem pretende conhecer essa charmosa vila, pelo menos dois dias. Não sei como é a noite de lá, mas sei que tem bons lugares para se hospedar.
Após passear um pouco pelas
ruas da cidade, seguimos para o parque da Pena, onde está localizado o famoso e
colorido Palácio Nacional da Pena, o qual era um antigo mosteiro e fica localizado
no topo da serra de Sintra.
Construído pelo capricho do rei Fernando II, conta
com expressões do romantismo português do século XIX e tem uma arquitetura de
influência mourisca e manuelina.
O lugar serviu como residência de verão para a família real portuguesa e é muito bem preservado, dispondo de uma extravagante mistura de estilos na decoração no seu interior. Nos cômodos estão expostos objetos pessoais utilizados pela realeza, o que faz a gente voltar no tempo e imaginar a rotina dos nobres da época. Uma curiosidade é que o primeiro chuveiro do país foi instalado lá.
O lugar serviu como residência de verão para a família real portuguesa e é muito bem preservado, dispondo de uma extravagante mistura de estilos na decoração no seu interior. Nos cômodos estão expostos objetos pessoais utilizados pela realeza, o que faz a gente voltar no tempo e imaginar a rotina dos nobres da época. Uma curiosidade é que o primeiro chuveiro do país foi instalado lá.
O lugar além de
interessantíssimo é realmente um espetáculo aos olhos, não só por sua
construção, mas também pelos jardins e a linda vista lá de cima. O preço é de 9
euros para entrar no palácio e 5 euros apenas para os jardins e o parque.
Depois
de conhecermos o Palácio da Pena fomos almoçar em um restaurante que estava
incluso no pacote, mas infelizmente eu não anotei e também não lembro o nome. O
ambiente era agradável e a comida era boa, e nos foi oferecido entrada, bebida,
prato principal e sobremesa.
Após
almoçarmos tivemos um tempo livre e fomos em direção a belíssima
e misteriosa Quinta da Regaleira, no caminho entramos em um jardim muito
agradável que tinha uma galeria de fotografias profissionais. Ao chegarmos na Quinta
da Regaleira percebemos a imensidão do lugar, o que tornava impossível conhecer
metade, devido ao limitado tempo que tínhamos, então optamos por não pagar a
entrada e exploramos somente a área próxima. Este lugar é com certeza uma das
minhas motivações para voltar a Sintra, pois ainda quero conhecer os seus
jardins, lagos, torres, grutas, poços, passagens secretas e construções
enigmáticas.
A última parada do dia em
Sintra foi o Palácio Nacional
que é também conhecido como Palácio da Vila e tem origem árabe. Foi moradia de
reis desde o século 12 e é famoso por suas chaminés cônicas e brancas. Ele não
sofreu muitas alterações desde o século 16 e o seu interior conta com a mistura
dos estilos manuelino, mouro e árabe. O palácio tem muitos cômodos, são eles:
- A sala Júlio César;
- A sala das Galés;
- O quarto de D. Sebastião;
- O quarto prisão;
- A capela Palatina;
- A sala dos Árabes;
- A sala das Pegas tem 136 pegas desenhadas no teto, diz a lenda que Dom João I as escolheu por estas aves simbolizarem mulheres fofoqueiras, numa alusão as Damas da corte portuguesa;
- A sala dos Cisnes é a maior do palácio e tem o teto pintado com cisnes em homenagem ao casamento de D. Isabel;
- A sala dos Brasões ostenta um teto dourado com os brasões das 72 famílias nobres portuguesas e dos oito filhos de D. Manuel I. As paredes são revestidas dos famosos azulejos português;
- A sala das Sereias;
- A Sala da Audiência;
- A cozinha, onde estão as famosas chaminés.
O castelo dos Mouros, que foi
construído por muçulmanos era um forte erguido no século IX. Fica localizado em
uma montanha no meio de um bosque, e conta com ruínas bem preservadas. Dizem
que a vista de lá é algo deslumbrante, dá para ver toda a vila, parques e até o
oceano atlântico. Mas infelizmente fomos por pacote turístico e eles não nos
levaram lá, também não teríamos tempo o suficiente. A entrada custa 5 euros.
Outros dois lugares que gostaria
de ter conhecido é o Palácio de Monserrante, que é mais um que impressiona na
arquitetura e o Palácio de Queluz, que é conhecido como o Versailles português.
As atrações de Sintra não
acabam por aí, você também pode conhecer o museu de brinquedos, o palácio de
Seteais e o convento dos Capuchos.
Além de conhecer os pontos
turísticos da cidade, antes de partir para Cascais nós nos deliciamos na
padaria Piriquita com o famoso travesseiro, que é uma massa doce folhada com
recheio de ovos e amêndoas e a tradicional queijadinha.
Day
trip Cascais
Chegamos a Cascais no final do dia, eu já estava tão
cansada que por um segundo cogitei não descer do ônibus, por sorte essa ideia
tola só durou mesmo um segundo, pois a cidade que é um balneário de verão a
mais de um século, é bastante agradável e tem um lugar belíssimo conhecido como
Boca do Inferno.
Tive pouco tempo em Cascais e não pude conhecer nada além
da orla e a Boca do Inferno, mas para quem pretende ir tenho algumas sugestões:
- Praia do Guincho, que fica um pouco distante do centro, mas dizem ser muito bonita;
- O cabo da Roca, que é o ponto mais ocidental da Europa e oferece um pôr do sol incrível;
- Casa da Guia, que pelo o que entendi é um shopping com estilo fofo;
- O Museu Conde Castro Guimarães, é uma antiga mansão eclética do século XIX.
Curiosidade
sobre o nome Boca do inferno
A cidade tem uma lenda que conta que existia um homem que
praticava feitiçaria e tinha aspecto feroz, este homem vivia em um castelo localizado
onde hoje é a Boca do Inferno, e um dia resolveu que queria se casar com a
mulher mais bela da redondeza, consultando a sua lâmina descobriu onde
encontra-la e mandou seus cavaleiros. Quando eles chegaram com a moça, ela era
ainda mais linda que ele imaginava e para preservar o coração da bela ele por
ciúmes a escondeu em uma torre muito alta, colocando como o guardião quem ele
julgou ser mais fiel, mas um dia a curiosidade do guardião foi maior e ele
resolveu subir e ver quem e como era aquela mulher e se surpreendeu com a
tamanha beleza da prisioneira, e então passaram a se ver todos os dias e se
apaixonaram. Um dia resolveram fugir em um cavalo branco pelos rochedos, sem
lembrar que com o poder da magia o homem feroz sabia de tudo. O feiticeiro
tomado pela raiva e pelo ciúme, fez cair uma grande tempestade que abria os
rochedos por onde os amantes passavam como se fosse uma grande boca infernal,
até faze-los cair e desaparecer na água para sempre. Com isso o buraco nunca se
fechou e por isso o povo passou a chama-lo de Boca do Inferno.
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